Serve o presente blog para a coleção de pensamentos, reflexões, análises e resumos dos assuntos figurados no âmbito da avaliação da disciplina de Processos de Comunicação Digital, do doutoramento em Média-Arte Digital, da Universidade Aberta.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Máquina e Imaginário: A busca pela quantificação da arte


Remetendo ao facto da tecnologia/técnica e arte serem elementos indistinguíveis na cultura clássica grega, Arlindo Machado conduz a sua obra “Máquina e Imaginário” no sentido de aprofundar a relação entre estes dois polos e um terceiro: os interesses económicos que regem a sociedade e o mundo tecnocrata em que nos inserimos.



A “Máquina e Imaginário” arranca com a descrição de três atitudes exemplificativas da arte em relação à tecnologia, mas que dificilmente partilham a mesma base comum: as estéticas informacionais, o vídeo como forma de expressão artística (video art) e a conspiração contra a máquina. Consideremos então apenas o primeiro ponto.

As estéticas informacionais consistem no exemplo de uma rendição da arte à tecnologia. Pelo simples facto de se verificar uma constante convergência da arte e informação na cibernética, para Abraham Moles (1969) e Max Bense (1977), a quantificação do nível estético e de originalidade de uma obra de arte teria de ser passível de ser identificada por via de um processos matemáticos de caráter discreto, científico e objetivo, auxiliado eletronicamente.

Esta tendência inclinou-se para o pressuposto de que uma vez que a arte era passível de ser realizada com base em sistemas computacionais de forma sem precedentes, também deveria ser possível ilibar a crítica artística de fatores como emoção, expressão e inspiração; a favor de um método mais direto e frio.

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